“Amado, falou o glorioso ser, não fora o teu anseio por mim, não terias aspirado tão intensamente, nem por tanto tempo. Pois todos encontram o que realmente procuram.” – A Última Batalha, C. S. Lewis
Há um anseio, uma busca e uma espera.
Há um coração saudoso e alegre.
Há um reencontro, um renovo e uma festa.
O que aguardam os que crêem?
O que anseiam os que sentem?
O dia vem.
A certeza de que estamos retornando para casa, a cada dia se torna mais real, mais vívida, e pulsa em nós como um coração eufórico e descompassado.
“Onde o céu e o mar se encontram, onde as ondas se adoçam, não duvide, Ripchip, que no leste absoluto está tudo o que procura encontrar.” – A Viagem do Peregrino da Alvorada, C. S. Lewis
O fim de toda dor, todo choro, todo cansaço, toda tristeza.
O fim de todo medo, toda maldade, toda mentira, todo pecado que corrói e transgride a lei e a ordem.
O fim de todas as regras humanas, de toda falsa moral.
O fim de toda hipocrisia, toda soberba.
O fim da noite.
O fim do caos.
O fim.
O início de tudo.
O lar.
Além-mar.
Água doce, transparente e saciável.
O céu junto à relva.
O céu unindo-se à terra.
Não esta terra, a nova terra, o novo céu.
O novo.
O infinito que vive em meu coração, grande demais para minha pequenez.
O nosso lugar. De onde viemos e para onde rumamos.
O todo, enfim.
Aqui é só uma parte.
Se eu sonhasse com exatidão e lembrasse de cada detalhe, ainda assim não conseguiria descrever.
O anseio do meu coração, como de Tirian, enorme e real: o cordeiro, o leão, a paz real, a eternidade.
A busca incessante, o que procuro e espero.
Sugiro ler ao som da linda canção de João Manô, a qual inspirou esse texto, cujo link deixarei abaixo.